26 de fev. de 2016

O plágio na literatura


Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje trago um assunto que há muito tempo é discutido por alguns leitores: o plágio na literatura. Aquele típico discurso onde um fã de uma saga critica outra e a acusa de plágio por possuir características semelhantes à que ele é fã? Pois bem, é sobre isso que estarei dando a minha opinião no decorrer desse post.
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A guerra que alguns fãs leitores criam entre suas sagas favoritas e as sagas que odeia já não é mais uma novidade no mundo da literatura. Infelizmente já nos acostumamos com esse cenário, já que, na maioria das vezes, discutir o assunto com algumas pessoas não leva a resultado nenhum. Entretanto, não significa que ainda não deixe algumas pessoas nervosas; e, logicamente, eu sou uma delas.
Diversos são os motivos que esses leitores específicos encontram para criar guerra entre os mais aleatórios livros. “Tal livro é melhor que esse porque não é meloso”; “tal livro é melhor que esse porque tem mais ação”; “tal livro é melhor que esse porque sim” (a melhor justificativa de todas que já encontrei). Mas, a principal de todas as características que os levam a travar essa disputa é o suposto plágio que eles encontram em certas obras.
Para explicar melhor sobre o assunto, usarei uma batalha bastante comentada e bastante clichê: Harry Potter vs Percy Jackson.
De acordo com esses leitores, a saga Percy Jackson plagiou a de Harry Potter (ou vice-versa) por conter dois personagens principais homens e uma personagem principal mulher. Também acusam de plágio por conter aventuras entre esses três amigos.
Quem leu e adora ambas as sagas, sabe que essas duas explicações utilizadas nas devidas guerras criadas por esses fãs são muito mais que fúteis e ridículas. Elas simplesmente não têm embasamento, aprofundamento, pesquisa e muito menos lógica!
Harry Potter tem sua história envolta no universo bruxo, do qual foi adaptado para uma versão original de J. K. Rowling; enquanto a de Rick Riordan, é envolta no universo da mitologia grega misturada com a modernidade dos tempos atuais. Se alguém ainda acha que qualquer uma das duas plagiou a outra depois dessa informação, por favor, procure um médico.
Não estou querendo dizer que não existe o plágio na literatura. O plágio existe em todo lugar, e quando é exposto, a cópia se torna explícita por diversos motivos que não sejam a escolha da quantidade e do sexo dos personagens principais e as aventuras que vivem juntos. Em desenhos, fotografias, pinturas e em qualquer outro tipo de arte ou trabalho, o plágio existe e é facilmente notável. Não será muito diferente com a literatura, caso houver um.
Por que então, não se vê pessoas criticando os mais diversos autores de romance por plágio? Todos eles abordam um casal que se apaixona. Isso não seria plágio, de acordo com a percepção e a lógica que alguns desses leitores utilizam na hora de argumentar sobre esse assunto?
O ponto é que por mais que muitas histórias sejam extremamente parecidas nos mais diversos aspectos, elas quase nunca serão completamente iguais umas das outras. Cada uma delas tem a personalidade e o toque de seus criadores, seus autores. Cada uma delas carrega uma lição, um sentimento e um enredo diferente.
Existem escritores que são capazes de criar seus próprios mundos sem referência alguma com qualquer outra obra já criada. Existem escritores que criam suas obras se baseando em aspectos da realidade ou da ficção. Existem escritores que criam suas obras se inspirando em obras já criadas. E não há nenhum erro em nenhuma dessas maneiras de escrita.
Por mais que ainda existam obras com características semelhantes a outras obras, não significa que seja um plágio descarado. Significa apenas que o autor pode ter se inspirado nesse livro, nessa história, nesse gênero literário. Significa apenas que o autor quis criar uma história parecida, mas com o seu toque de personalidade, que é única para todos nós.
Não julguem e não critiquem livros por motivos fúteis, só porque você não gosta de uma obra e simplesmente não consegue criar argumentos convincentes o suficiente para “induzir” outras pessoas a terem o mesmo gosto que você.
Pensem, analisem, comparem, pesquisem e por fim, criem um argumento convincente o suficiente para que nos faça acreditar que um autor plagiou outro. Enquanto não houver essa determinação e as críticas forem ditas simplesmente da boca para fora, você não terá nenhuma moral, e muito menos o seu argumento.

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado do post! E se gostaram, deixem seu curtir lá em cima ao lado do título e comentem o que acharam!
Até mais!

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2 comentários:

  1. Mas que post incrível!
    Eu já cansei de ouvir falar que o Percy Jackson era "o novo Harry Potter"... Ou o pior: "Essas sagas literárias modinha são todas iguais!"
    Foi muito bom você ter decidido abordar esse assunto, é muito importante a gente explicar a diferença entre plágio, inspiração e intertextualidade. Se fosse assim como essas pessoas falam, dezenas de poetas brasileiros seriam acusados de terem plagiado o Gonçalves Dias, por causa da "Canção do Exílio", já que existem um moooonte de poemas citando ou fazendo referência ao original.
    Adorei ter lido essa reflexão maravilhosa. Está de parabéns!

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    Respostas
    1. Sim! Diversos autores costumam criar suas obras se inspirando em outras. Eu mesma me inspirei em livros, séries e jogos para criar o meu próprio livro, e isso não significa que eu tenha plagiado descaradamente essas outras diversas obras. Eu apenas me inspirei em algum fator de cada uma delas e criei a minha própria história a partir delas. É assim com a maior parte das pessoas e é preciso saber separar as coisas antes de sair por aí criticando os mais diversos livros de plágio.
      Gostei bastante da sua comparação com a "Canção do Exílio", é uma ótima forma de resumir tudo o que eu escrevi!
      Muito obrigada pelos elogios <3

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