11 de mar. de 2016

Resenha/Filme: O Quarto de Jack


Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje trago a resenha de um dos filmes indicados a categoria de Melhor Filme no Oscar de 2016: O Quarto de Jack (clique aqui para ver os ganhadores). Posso adiantar que a indicação foi mais do que justa e que talvez o vencedor da estatueta tenha roubado o lugar de um filme muito melhor.
Clique em continue lendo para entender melhor.






Lançamento: 18 de fevereiro de 2016
Duração: 1h58min
Dirigido Por: Lenny Abrahamson
Gênero: Drama, Suspense
Nacionalidade: Canadá, Irlanda






Sinopse
Joy (Brie Larson) e seu filho Jack (Jacob Tremblay) vivem isolados em um quarto. O único contato que ambos têm com o mundo exterior é a visita periódica do Velho Nick (Sean Bridgers), que os mantém em cativeiro. Joy faz o possível para tornar suportável a vida no local, mas não vê a hora de deixá-lo. Para tanto, elabora um plano em que, com a ajuda do filho, poderá enganar Nick e retornar à realidade.

Opinião
Não sou o tipo de pessoa que lê sinopses e procura saber detalhes sobre um filme, livro, série ou qualquer coisa do tipo antes de conhecer a obra. Gosto de ter a doce surpresa e sensação de descobrir o enredo conforme ele se desenvolve diante dos meus olhos e raramente me desaponto com a decisão de não procurar saber um pouco mais sobre antes de finalmente desfrutar do conteúdo. Com O Quarto de Jack não foi diferente.
Comecei a assisti-lo sem saber muito mais que o fato dos dois personagens estarem presos em um quarto. Pode parecer inocência ou apenas ignorância, mas não imaginei que se tratava de um cativeiro. E, no entanto, de qualquer forma, foi uma descoberta que apesar de ter feito com que as palavras “burra” ou “ingênua” saltassem da minha mente enquanto assistia, fez também com que a experiência se tornasse ainda mais profunda. Eu me deixei envolver e afeiçoar desde os primeiros minutos.
Por se tratar de um cativeiro preenchido por duas pessoas, não é de se esperar que se apegar aos personagens seja uma tarefa difícil. Não sei se isso soará como um exagero, mas posso afirmar com quase toda certeza que me apeguei a Joy e Jack a partir de dez minutos de filme. E isso significa que cada situação de aflição, tristeza e desespero era facilmente transmitida para a minha pele com toda a intensidade existente no mundo.
Com isso posso afirmar que, em minha percepção, o que constrói os sentimentos e define os caminhos que levarão o espectador a sua opinião final sobre a longa se constitui desse pequeno fator essencial: personagens.
Sempre tive a concreta opinião e gosto pessoal de que o que faz uma obra ser perfeita é o seu enredo e sua história, deixando em segundo plano as outras categorias que a compõe. Ainda não mudo essa minha opinião, mas faço uma pequena exceção para O Quarto de Jack. E não quero dizer, nem que seja brincando, que este filme não tenha aspectos bem construídos no quesito história para que eu tenha aberto essa pequena exceção. De longe a história que compõe a longa é uma das mais incríveis que já tive o prazer de presenciar. Entretanto, como já deixei bem claro, seu ponto mais forte é o maravilhoso desempenho dos personagens e dos atores ao interpretá-los.
Pude ter a plena certeza desse fato quando o filme continuou acontecendo mesmo quando pensei que seu fim seria a tantas cenas antes. No meio do caminho acabei percebendo que havia um diferencial ali. Acabei percebendo que aquele filme tinha muito mais a oferecer do que apenas mais uma história de mais uma (ou duas, no caso) pessoa mantida em cativeiro. Ele queria mostrar mais, ser mais, transmitir mais. E foi isso que ele conseguiu fazer.
Me traz uma sensação de carinho, afeição e orgulho quando penso na proposta que O Quarto de Jack faz; no que o mesmo nos propõe a pensar. Ele não quer apenas mostrar a tragédia de antes e a felicidade da libertação. Ele vai além. Ele que mostrar que nem tudo são flores e que nem tudo volta a ser as mil maravilhas que todos pensam que acaba sendo no fim. E essa é uma lição espetacular para se aprender.
Ver, presenciar e sentir as emoções e as situações pelas quais os personagens passam no decorrer e no desenvolver do enredo é uma montanha russa de emoções. Talvez seja completamente impossível não sentir na pele o que Joy e Jack sentem a cada fase; principalmente na da recuperação.
Posso então afirmar, por fim, que O Quarto de Jack é um filme carregado de sentimentos e emoções impossíveis de não serem sentidos com tanta profundidade, com personagens incrivelmente bem construídos e uma história extremamente tocante. Um filme que certamente entrou para a minha extensa lista de favoritos, mas se destaca facilmente entre os mesmos. Um filme que talvez tenha aspectos mais do que suficientes para ter merecido, com toda certeza, o prêmio de Melhor Filme do ano. 

Nota:

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado do post! E se gostaram, deixem o curtir lá em cima ao lado do título (não se esqueçam de confirmá-la) e comentem o que acharam!
Até mais!

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