Olá pessoal, tudo bem? No post de
hoje trago a resenha de um jogo recentemente lançado e exclusivo da Sony para o
Playstation 4: Until Dawn. Antes de mais nada quero avisar que estou me
baseando em gameplays de dois youtubers: Alan, do canal Electronic Desire GE e
o canal SinxPlays. Não tenho como jogá-lo porque não tenho Playstation 4, mas
já consigo ter uma opinião formada sobre o game assistindo-o, já que o jogo é
focado na história e não na jogabilidade. Se quiser saber mais detalhes sobre a
minha opinião, clique em continue lendo!
Sobre o jogo
Until Dawn é um game exclusivo do
PlayStation 4 do qual tem como base o enredo de um filme de terror, onde um
grupo de dez amigos – Sam, Mike, Jessica, Emily, Matt, Ashley, Chris, Josh e
suas irmãs gêmeas Hannah e Beth – se reúne em um chalé em uma montanha na cidade
de Blackwood Pines, Mount Washington para sua fuga anual de inverno no dia 02
de fevereiro de 2014. Durante a celebração, alguns deles decidem fazer uma
brincadeira com Hannah, que tem uma paixão por Mike. Humilhada, Hannah corre
para fora do chalé, adentrando a floresta. Beth, sua irmã, persegue Hannah, da
qual a localiza chorando no meio de uma pequena clareira e tenta confortá-la.
Então, elas ouvem um barulho violento executado a partir de um perseguidor
invisível. Ambas correm, mas em um certo ponto se veem encurraladas na borda de
um penhasco. Hannah escorrega e cai, agarrando Beth. Entretanto, não aguentando
por muito tempo, ambas caem para a morte aparente, para nunca mais serem vistas
novamente. Um ano depois, no aniversário de morte das irmãs, Josh convida seus
amigos para mais uma reunião em homenagem a elas; e novamente, não estão
sozinhos.
O jogo é composto por um sistema
de escolhas, que vai desde grandes decisões até as pequenas, como ir para
direita ou esquerda, seguir o caminho rápido ou seguro e etc. A ideia é que
cada atitude mude o passo seguinte, como um Efeito Borboleta; ou seja, cada
pequena atitude sua dentro do jogo pode mudar completamente o rumo da história
e dos personagens em si. As ações do jogador determinarão quem sobrevive até o
amanhecer. Para ter a história totalmente revelada, Until Dawn deverá ser
jogado diversas vezes e com decisões alternadas. O game foi lançado no dia 25
de agosto de 2015.
Opinião sobre o jogo
Eu gosto de filmes de terror e
não sei explicar o porquê. Juro que já tentei encontrar um motivo, mas
realmente não tenho. Apenas gosto. E foi por esse motivo que desde o primeiro
vídeo assistindo gameplay desse jogo, já me apaixonei.
Como já foi mencionado, o enredo
gira em torno de um clima de terror. Um grupo de amigos reunido em um chalé na
montanha enquanto um assassino os cerca, os persegue e tenta os matar. Tendo
como base essa pequena sinopse, provavelmente você deve pensar: não pode ficar
mais clichê que isso. E realmente, foi o que pensei no início.
Until Dawn é um jogo composto por
personagens típicos adolescentes americanos que só pensam em se divertir e também
composto por um enredo altamente clichê e previsível do qual faz o jogador
imaginar exatamente o que acontecerá no final. Entretanto, apesar de tudo isso,
devemos levar em conta que não se trata de um filme de terror onde as coisas
são como são e nada pode ser mudado. O Efeito Borboleta introduzido no sistema
de jogabilidade é realmente sério. Cada pequena escolha terá uma consequência,
que pode ser tanto boa quanto ruim, mas que apenas o futuro irá dizer. A
responsabilidade de suas escolhas pesa até mesmo nas escolhas mais fúteis, como
escolher pular de um lugar alto ou descer pela escada, como escolher seguir o
caminho seguro ou pegar um atalho. Pequenas decisões como essas também fazem a
diferença nas consequências futuras, exatamente como a vida real funciona.
Utilizando-se desse artefato e
muitos outros, o game é capaz de te deixar curioso e ansioso para descobrir o
que aconteceu no passado, o que está acontecendo no presente e o que acontecerá
no futuro, te fazendo criar milhares de teorias e te fazendo pensar sobre o
destino dos personagens até o amanhecer. Portanto, pode até se tratar de um
enredo clichê; mas de qualquer forma, os produtores souberam como deixar todos
os gamers curiosos e empolgados pelo final da história.
Como parece óbvio, o foco do jogo
não está em jogabilidade. A exploração e a atenção aos detalhes são essenciais
para a construção dos fatos, portanto, a história é o que prevalece durante o
game. Esperar que Until Dawn tenha tanta ação quanto um Far Cry ou um The Last
of Us da vida é pura utopia, pois não há. Apertar os botões do controle em
perseguições e simples interações, fazer as escolhas quando necessário e andar
para explorar o local é o máximo que você fará enquanto o joga. Isso pode
acabar se tornando um problema para as pessoas que esperavam poder jogar mais,
mas em minha opinião, o que faz de um jogo ser incrível não são seus gráficos
ou o quanto você joga, mas sim a história que o compõe. Uma história muito bem
escrita e muito bem trabalhada resulta na falta de importância para o restante
do game na minha opinião. Sendo assim, se eu tivesse a chance de jogá-lo, não
veria problema em ter que apertar X ali e O aqui, desde que o desenrolar dos
fatos conseguisse me prender o suficiente para esquecer todo o resto que compõe
um jogo eletrônico.
Porém, apesar da falta de
jogabilidade e a alta presença de história no jogo, temos também gráficos de
cair o queixo. As expressões faciais, a riqueza de detalhes do cenário, dos
personagens e todo o resto são de espantar qualquer um. Até podemos notar o
reflexo nos óculos de um dos personagens, o que eu acho que é um fato que pode
resumir o quanto os gráficos são bons e bem trabalhados. E além disso, temos
também a construção na personalidade dos personagens – que achei algo bastante
interessante e talvez um pouco original – onde suas ações afetarão também as
relações de tal personagem com outro e também nas suas características
pessoais. Ou seja, é explícito o trabalho muito bem feito dos produtores nos
pequenos detalhes de tudo que cerca o jogo.
Por fim, tudo o que tenho a dizer
desse jogo é que ele me agradou por muito tempo. Apesar de não ligar muito para
gráficos, Until Dawn tem um trabalho incrivelmente espantoso nesse aspecto, o
que faz com que se torne difícil de não se apaixonar pelo game logo de cara. A
história é repleta de suspense, terror e personagens que, apesar de não me
agradarem muito no início, no decorrer dos fatos fez com que eu gostasse de
alguns deles de uma forma ou de outra. O Efeito Borboleta, do qual tem uma
grande influência nos fatos seguintes, é um fator que me agrada muito em jogos,
o que torna a experiência muito mais divertida ao fazer com que tenha um final
diferente para cada jogador dependendo de suas escolhas. Entretanto, em um
certo momento do game, a premissa principal muda um pouco de foco. É como se
todo aquele clichê que esperávamos desde o início simplesmente desaparecesse do
nada, fosse enterrado como se não fosse mais importante. Não foi como um plot
twist, mas sim, como se os produtores tivessem enjoado da história principal e
decidissem criar outra completamente diferente. Esse foi um dos fatores dos
quais fizeram com que eu não gostasse 100% de Until Dawn.
Não é como se tivessem realmente enterrado
toda a história do início e tivessem começado outra; tudo no jogo tem uma ligação.
Porém, a revelação de alguns fatos fez com que todo o clima que carregávamos lá
no início, com aquele suspense e terror, desaparecesse. Foi como um “cortador
de clima”, foi como um “vamos estragar tudo colocando isso aqui e mudando o
rumo de tudo”. Realmente não foi algo que me agradou, pois sinceramente todo o
sentimento de medo que eu estava sentindo foi substituído por apenas ansiedade
pelo final para finalmente acabar a série de gameplays. Geralmente, quando isso
acontece comigo, significa que o jogo ficou ruim.
Em certos momentos, depois da tal
revelação, eu até que comecei a aceitar que a introdução de tal fato fora até
inteligente, interessante e legal, mas já estava feito: o clima havia sido
cortado. Não era exatamente aquele rumo que eu esperava da história e talvez
isso tenha me decepcionado mais do que o normal. Eu preferia que tivessem
continuado com o clichê de filme de terror americano até o fim.
Enfim, apesar de tudo e todos os defeitos, Until
Dawn conseguiu me agradar bastante. Me assustei, senti medo, senti curiosidade,
senti ansiedade, senti raiva, senti tristeza, senti pena... Foi uma
montanha-russa de emoções e certamente isso é um bom sinal ao se falar de jogos.
O game é repleto de ação (apesar da pouca jogabilidade), os gráficos são
incríveis, os detalhes são especiais e a história é criativa e carregada de
boas intenções. Foi um jogo bom de ser assistido, e espero um dia poder falar
que foi um jogo bom de ser jogado.
Spoilers
Pensei bastante antes de colocar
essa parte da resenha, mas me senti na obrigação de colocá-la para poder
explicar o que exatamente me deixou chateada em relação ao jogo, com mais
detalhes.
Desde o início do jogo já se dá
para ter uma ideia de que Josh é um possível assassino. É muito suspeito ver
que o irmão das duas garotas que morreram no ano passado por causa da
brincadeira de seus amigos, está chamando-os novamente para uma nova reunião,
não acha? Pois é. Desde o início desconfiei do personagem e não me desapontei
quando foi revelado que a intenção dele realmente era fazer com que eles
passassem o mesmo que suas irmãs passaram. Entretanto, isso foi revelado cedo
demais. Desde então comecei a desconfiar um pouco de que rumo a história tomaria.
Não estava mais sendo o clichêzão que eu estava esperando. Agora eu precisava
descobrir quem era realmente o assassino. E assim que descobri que wendigos
eram os verdadeiros assassinos da montanha, me decepcionei; e muito.
É um pouco estranho que eu me
decepcione, já que gosto bastante de fantasia e monstros. Entretanto, não era
isso que eu queria que fosse inserido NESSE jogo. O que eu esperava era um plot
twist e um assassino (humano de preferência) completamente aleatório e
chocante. O que eu esperava era que o tal assassino continuasse com o “mini jogos
mortais”, não necessariamente matando todos os personagens um de cada vez, mas
para manter o clima de terror e medo que eu estava tendo quando eu pensava que
seria isso que aconteceria.
Portanto, a introdução dos monstros, wendigos,
na história como os assassinos, apesar de bem pensada, na minha opinião não
coube dentro do contexto do qual os produtores iniciaram o jogo. Talvez se
tivessem continuado com o tal clichê, tivesse se tornado um jogo com um final
bem mais legal e mais empolgante do que realmente foi.
Personagens
Temos dez personagens principais, como já
foi citado: Sam, Mike, Jessica, Emily, Matt, Ashley, Chris, Josh e suas irmãs
gêmeas Hannah e Beth. Além de dois personagens secundários: o analista e o homem misterioso.
Beth
Hannah
O Analista
O homem misterioso
De início odiei praticamente
todos eles (com exceção de Beth e Sam que eram as mais neutras do grupo). Todos
eles tinham uma personalidade babaca, daquele tipo que faz de tudo pela
diversão sem nem se importar com o sentimento do próximo, daquele tipo que só
pensa em sexo e... só. Não curto nem mesmo pessoas assim, quanto menos
personagens dos quais espero serem pessoas melhores que as pessoas da vida
real.
Entretanto, você se acostuma.
Eles são assim, e a pessoa que jogará ou assistirá ao jogo será obrigada a se
acostumar com isso. E como já citei em um post, a convivência leva você a
gostar das pessoas.
Além da própria continuidade da
história te levar a gostar um pouco mais de cada um dos personagens, a riqueza
dos detalhes também te leva a isso. A personalidade e cada um e de como suas
escolhas no decorrer do game afetam a eles é espantoso. A relação entre eles
também te faz criar laços com algumas pessoas e gostar menos de outras. Não
posso dizer que eles são tão profundos, tanto que o jogo todo dura apenas uma
madrugada e não teria como criar uma história para cada um deles, mas mesmo
assim, são bem trabalhados.
E é claro, um personagem é muito
mais trabalhado do que todo o resto: Josh.
[Spoiler] Josh é um personagem
problemático e certamente o mais interessante da história. O fato de terem
feito com que sua identidade assassina fosse bem escondida daquela forma, de
como fazem você se sentir como a pessoa tendo a consulta com o psicólogo quando
na verdade era Josh, e de como a maior parte do jogo acontece por causa dele é
realmente muito doido.
Não sei por quais motivos mas
gosto bastante de histórias que têm personagens desse tipo: loucos, psicopatas
e enfim, com algum tipo de problema emocional. Josh se tornou um dos meus
preferidos por esse motivo. Não que eu ache certo o que ele fizera, pois realmente
algumas de suas ações foram extremamente apelativas, mas entendo seus motivos e
entendo por que o psicólogo é importante para a construção de sua personalidade
no decorrer da história. [Fim do Spoiler]
Josh é um personagem extremamente
importante para a construção do enredo, por mais que isso não fique totalmente
claro.
Por fim, posso dizer que o
decorrer do jogo fez com que eu criasse laços com personagens que eu achava que
não iria. Não são personagens profundos com histórias totalmente elaboradas,
mas são personagens bem trabalhados. Suas personalidades e características
constroem também a história e as relações entre eles de um jeito forte e muito
impressionante. E mesmo os que você acaba não gostando, tem grande
interferência e importância no fim.
Os produtores fizeram um bom
trabalho ao detalharem tanto essa parte do game, pois realmente fez diferença.
Nota:
Então é isso pessoal. Espero que
tenham gostado da resenha e espero que eu tenha despertado a curiosidade de
vocês para assistirem ou jogarem Until Dawn. Apesar de certos detalhes não
terem me agradado, certamente vale a pena conhecer. Para os fãs de Life Is
Strange, essa é uma boa distração até o lançamento do EP 5 do game, já que o
Efeito Borboleta é bastante parecido entre ambos os jogos.
Se você discorda, concorda ou
simplesmente quer dar sua opinião sobre o jogo deixe nos comentários aqui
embaixo para que possamos discutir. Se gostou do post, deixe seu curitr lá em
cima, do lado do título do post!
Até mais!
Já tem gameplay do jogo no youtube.com/channel/UCA3GZz8IDkI8I353zl1CIrg. Do Destemido. Muito bom!
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