Olá pessoal, tudo bem? No post de
hoje trago a resenha do quarto livro da série Os Heróis do Olimpo, do autor
Rick Riordan: A Casa de Hades.
Já fiz resenha aqui no blog dos
três primeiros livros da série, e você pode conferi-las clicando nos links abaixo:
Título Original: The House of Hades
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 496
Sinopse
A tripulação do Argo II enfrenta
dias difíceis. Inimigos espreitam no caminho para a Casa de Hades e o moral da
equipe está baixo após a perda de dois integrantes importantes em Roma. Para
chegar às Portas da Morte e tentar impedir o despertar de Gaia, nossos heróis
Hazel, Jason, Piper, Frank e Leo vão precisar fazer alianças perigosas, encarar
deuses instáveis e combater os asseclas enviados pela sanguinária Mãe Terra
para detê-los. A situação é ainda pior para Percy e Annabeth. Após caírem no
Tártaro, os dois passam fome, sede e sofre com diversos ferimentos enquanto são
caçados por vários inimigos que derrotaram ao longo dos anos e que agora surgem
das sombras em busca de vingança. A única esperança da dupla de voltar para o
plano mortal reside em encontrar as Portas da Morte e fechá-las de uma vez por
todas. No entanto, uma legião de monstros fiéis a Gaia defende as Portas, e nem
Percy nem Annabeth estão em condições de enfrentá-la.
Opinião
Na minha última resenha da
sequência destes livros, do livro A Marca de Atena, me recordo de tê-lo descrito
como uma “injeção de ânimo” após o extremo desapontamento que tive com o
segundo livro – e um pouco do primeiro livro também – da série Os Heróis do
Olimpo. A Marca de Atena teve todos os atributos necessários para que minha
animação com esses livros voltasse com tudo, e fizesse com que eu me lembrasse
dos motivos pelos quais eu me apaixonei pela mitologia grega e pela história de
Percy Jackson e os Olimpianos. Eu gostaria de poder dizer que A Casa de Hades
me trouxe os mesmos sentimentos.
Antes de poder atribuir a culpa
pela minha não muito agradável experiência com a leitura desse livro apenas ao
livro em si, penso que devo uma explicação sobre alguns motivos externos que
fizeram com que essa experiência não fosse tão boa quanto foi com o terceiro
livro da série.
Se você acompanha meu blog,
provavelmente já sabe de como anda a minha relação com as leituras atualmente.
Tem ficado cada vez mais difícil ler livros por puro prazer, sem me preocupar
com outras situações da minha vida pessoal. Por este motivo, minhas leituras
têm sido lentas, extensas e cansativas. Esse é um dos motivos pelo qual A Casa
de Hades se encaixou em uma leitura não muito agradável.
O outro motivo pode ser explicado
pela aparição da minha falta de interesse por livros que fazem parte de séries.
Durante toda a minha vida eu li livros que faziam parte de séries ou trilogias,
e raramente tive leituras de livros individuais. Em algum momento isso
começaria a me fazer falta, não é? E esse momento acabou surgindo no meio da
minha leitura do livro A Casa de Hades. Tanto é que, se vocês me acompanharem
no Skoob (você pode me adicionar clicando aqui),
vocês perceberão que os livros escolhidos para leitura nesse ano de 2017, serão
em maioria livros individuais.
Portanto, antes de se assustar ou
sentir certa hesitação antes de comprar a série de Os Heróis do Olimpo ou ler o
livro A Casa de Hades, tente considerar que pelo menos 50% da minha não muito
agradável experiência com o livro tenha sido provida de situações de vida
pessoal, e não completamente atribuídas ao livro e a história em si.
Dito isso, posso finalmente dizer
por que o quarto livro da série Os Heróis do Olimpo não foi, de longe, uma
injeção de ânimo para mim.
Durante muito tempo, antes mesmo
de começar essa série de livros, vi muitas pessoas comentando que o quarto
livro da série era o melhor de todos, e eu de certa forma, infelizmente,
acreditei nessas pessoas, criando uma expectativa muito maior em uma leitura
que acabou não sendo tudo isso. A verdade é que, quanto mais livros sobre esse
assunto o Rick Riordan cria e publica, mais fica difícil com que um desses livros
se torne o melhor, ou pelo menos muito bom, como os livros da série Percy
Jackson e os Olimpianos eram.
Uma certa vez vi um vídeo de uma
resenha que dizia que a série de Os Heróis do Olimpo era completamente inútil
para o acréscimo da primeira série lançada por Rick Riordan sobre o tema mitologia
grega. Lembro de ter ficado indignada com a palavra que a pessoa usou para
descrever uma série toda de livros e ignorei aquela resenha, acreditando que
não seria o mesmo para mim. Veja só, o tempo passou, e agora eu quase concordo
completamente com aquela pessoa.
A Casa de Hades foi basicamente o
livro que me serviu como um “ponto histórico” de onde eu comecei a perceber que
tudo aquilo que eu estava lendo não era realmente útil para a composição da
história ou como uma sequência de Percy Jackson e os Olimpianos. Quando paro
para observar a quantidade de páginas que os livros dessa série têm, fico
indignada. 300 e 400 páginas de situações que poderiam ser completamente
descartadas, que hoje eu nem me lembro mais que li.
Com o decorrer da leitura,
percebe-se que se chega a um ponto em que nenhuma outra situação futura é uma
surpresa, que nenhuma outra situação te deixa empolgado, aflito ou tenso. É
possível prever cada fala, cada aventura, cada desafio, cada passo de cada
personagem durante todo o livro. É claro, não sabemos quais monstros
aparecerão, por quais motivos querem derrotar os heróis, qual será exatamente a
fala de cada personagem e mais dessas específicas situações que necessitam de
mais detalhes; mas, com toda a certeza, depois de um certo tempo de leitura, é
possível entender como cada aventura funciona, como cada capítulo é composto,
como cada personagem reage, seja ele herói ou inimigo. Tudo é pré-determinado,
e repetido depois em todas as outras situações. Tudo passa a ser a mesma coisa,
e nada mais é uma surpresa agradável, nada te traz outro sentimento que não
seja uma certa indiferença. É tudo previsível demais.
Com essa constante repetição dos
fatos, outra coisa acabou me entristecendo muito. A personalidade de cada um
dos personagens principais acabou se perdendo. É claro, eles ainda continuaram
possuindo suas características marcantes que faz com que seja capaz de
diferenciarmos os mesmos, mas ainda assim, pelo fato de sempre repetirem as
mesmas ações e os mesmos pensamentos, todos acabaram ficando, de certa forma, “iguais”
para mim.
Entretanto, apesar desses pontos
fortes que fizeram com que A Casa de Hades não me agradasse da forma que
deveria ter agradado, ainda assim é uma história divertida e uma boa forma de
passar o tempo. Continuo sendo fã da forma com que Rick Riordan aborda o tema
da mitologia grega de forma tão casual, moderna e jovem, e ainda gosto de ler
sobre as aventuras que os personagens que nós aprendemos a amar com o tempo
passam. Talvez o único defeito que tenha feito com que a minha animação para
com essa série específica de livros fosse decaindo, seja justamente a repetição
dos fatos, a forma com que tudo se tornou previsível e nada mais é uma surpresa
agradável de se ler. Talvez se Rick houvesse inovado um pouco na hora de narrar
suas aventuras mitológicas nessa nova série, tudo teria sido diferente.
Portanto, apesar de ter me
divertido lendo A Casa de Hades, passei a maior parte do tempo refletindo sobre
como tudo estava sempre igual e como nada daquilo tinha a necessidade de ter
sido escrito. Foi uma boa leitura, no mínimo, mas nada mais do que isso.
Capa
Como as duas últimas capas dos
livros dessa série, a capa de A Casa de Hades é igualmente linda. A composição
de cores exemplifica muito bem a situação pela qual os personagens do livro passam.
Marcações
Não tivemos muitas marcações nesse
livro, mas as poucas que tiveram valeram a pena.
"[...] a magia não é boa e nem má. Trata-se de uma ferramenta, como uma faca. Uma faca é má? Só se o seu dono for mau."
"- Todas as escolhas implicam riscos"
"- Diga que não tenho os meus truques - gabou-se Passalos.
- Tudo bem - disse Acomon. - Você não tem os seus truques."
Desculpa, eu achei engraçado...
"Continue a descer, disse a si mesmo.
Cheesebúrgueres, respondeu seu estômago.
Cale a boca, pensou.
Com fritas, protestou o estômago."
Essa citação me descreveu completamente, tive que marcar.
"- Essa doninha flatulenta outra vez - reclamou Leo. - Se essa coisa soltar um pum assim tão perto do meu fogo, vamos explodir."
Eu juro que ri muito com essa frase, desculpa.
"- Muito bem, Zhang. Agora você pode mandar Octavian se atirar contra a própria espada."
Para quem é fã da série, sabe que esse é o desejo de todos nós.
"Quando se afastaram da costa, o céu escureceu, e mais estrelas surgiram.
Percy estudou as constelações, as mesmas que Annabeth tinha ensinado a ele tantos anos antes.
- Bob mandou um 'oi' - disse para as estrelas."
:'(
Nota:
Então é isso pessoal! Pretendo
ler o último livro da série, fazer a resenha do mesmo e, por fim, gravar um
vídeo falando sobre minhas considerações finais sobre a série Os Heróis do
Olimpo num todo, para melhor esclarecer a minha relação com a mesma.
Espero que tenham gostado da
resenha e não me odiado por isso! Se gostaram, deixem o curtir lá em cima ao
lado do título (não se esqueçam de confirmar) e comentem o que acharam!
Até mais!
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