19 de fev. de 2016

Ser clichê é ruim?


Olá pessoal, tudo bem? O post de hoje eu tirei inspiração enquanto estava lendo os comentários do filme Inquietos, do qual conta a história de um casal que deve lidar com os poucos meses de vida que restam para a garota que tem um câncer no cérebro. A maior parte das pessoas davam notas baixas ao filme e justificavam-na pelo filme ter sido clichê demais. Então parei para pensar e me perguntei: por que clichê tem que ser necessariamente algo ruim? Por que clichê deve ser um motivo para se dar uma nota baixa a algum filme, livro ou qualquer outra coisa?
Clique em continue lendo para saber minha opinião sobre o assunto.

Diversas vezes me deparei com comentários negativos de diversas pessoas sobre filmes de romance, adolescentes e câncer. Filmes como A Culpa é das Estrelas são os principais alvos de uma enxurrada de críticas. Alguns não gostam simplesmente porque não gostam de romance. Outros não gostam simplesmente porque não gostaram do enredo. E a grande parte, é claro, não gosta porque é “clichê”.
Em primeiro lugar gostaria de deixar claro que não estou escrevendo isso para dizer que vocês estão errados por criticarem um filme por esse motivo. Cada um desgosta ou gosta de um filme por motivos pessoais e ninguém tem o direito de julgar se essa crítica está ou não errada; afinal, é um gosto pessoal! Entretanto, também tenho a consciência de que uma parcela dessas críticas é feita sem pensar muito sobre o filme. São feitas sem observar o filme como um todo. São feitas a partir de julgamentos. As críticas surgem porque o filme é clichê e nada mais, porque o autor da crítica não parou para analisar todos os outros aspectos que a longa proporciona.
Muito raramente eu não gosto de alguma coisa em qualquer filme. Mesmo que eu dê uma nota baixa e passe a odiá-lo para sempre, não deixo de dar os devidos créditos aos bons aspectos que ele carrega. Não que isso seja uma lei que todos deveriam seguir, mas é com certeza uma maneira de não parecer apenas uma pessoa babaca ao escrever uma crítica negativa.
Antes de assistir qualquer filme, série ou ler qualquer livro, eu procuro saber um pouco a respeito. Não gosto muito de sinopses, pois elas entregam “a cereja do bolo”, mas observo as resenhas, críticas e sugestões. E como já ressaltei, me deparo com diversas críticas negativas como “Esse filme é uma bosta, clichê demais”; e a minha primeira reação com críticas desse tipo é naturalmente essa: “Vou dar uma chance ao filme. Por ter tido um comentário desse, tenho certeza que teve muito mais a oferecer do que isso”. E olha, normalmente, não me decepciono com minha escolha!
Ninguém é obrigado a ser um especialista no momento de fazer uma crítica e muito menos falar de maneira formal a respeito de um filme em uma roda de amigos; aliás, nem eu mesma sou uma especialista. Porém, críticas mais elaboradas e bem construídas atraem muito mais atenção que qualquer uma negativa que seja facilmente descartável. Ao menos, ao meu ver.
Portanto, o que eu quero dizer com esse post é: tente melhorar suas críticas. Tente observar outros aspectos do filme que não sejam os que a maioria julga como ruim. Tente não resumir toda a sua crítica em um único aspecto que no fim, pode não ser ruim. Ser clichê não precisa ser necessariamente ruim. Assim como ser muito romântico, ser muito meloso, ser muito misterioso etc.
Como exemplo, posso citar três filmes que assisti com a mesma temática e que acabaram passando sentimentos completamente diferentes. A Culpa é das Estrelas, Keith e Inquietos. Todos tratam do assunto que a maioria odeia: adolescentes, amor, câncer.




A Culpa é das Estrelas me trouxe sentimentos que qualquer fã sente com shipps. Surtar, se derreter e se apaixonar pelo casal, e no fim, sofrer, chorar e morrer de depressão com o desfecho são algumas das coisas que fiz ao assistir ao filme. Portanto, A Culpa é das Estrelas me trouxe sentimentos que qualquer filme de romance traz aos seus espectadores apaixonados.












Keith carrega uma atmosfera completamente diferente. Senti tristeza, depressão, vontade de que as coisas fossem diferentes e acabassem de outra forma. Me fez refletir sobre a vida, sobre a maneira que cada um lida com a sua dor, seu fim e sua doença. Me fez pensar. Me deixou com um nó na garganta. Me fez torcer para que as coisas dessem certo.









Inquietos tem um ar de vida e cor. Fez com que eu relaxasse, ficasse alegre. Fez com que eu me apaixonasse pelos personagens, pelo casal. Fez com que eu pensasse e refletisse sobre a vida, mas de uma maneira completamente diferente que Keith me fez pensar. Me fez pensar no lado bom, nos momentos bons e no quanto devemos aproveitar tudo isso.





O clichê adolescente, amor e câncer nem passou pela minha cabeça quando assisti esses três filmes, praticamente um seguido do outro. Não passou pela minha cabeça que eu estava vendo a mesma história três vezes, porque não eram as mesmas histórias. São diretores diferentes, atores diferentes, enredos diferentes, atmosferas diferentes, lições diferentes e por fim, sentimentos diferentes. A palavra clichê não se encaixa entre esses três filmes ao mesmo tempo tão similares e tão opostos.
Com isso, deixo aqui o meu conselho final. Não julgue um filme pelos comentários que encontra, pois quem vai decidir se ele é bom ou ruim pelo motivo que aquela pessoa criticou em seu comentário, no fim, é você. 

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado do post! E se gostaram, deixem seu curtir lá em cima ao lado do título e comentem o que acharam!
Até mais!

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2 comentários:

  1. Nossa, que post incrível! Esse tipo de opinião é bem comum em livros e filmes, as pessoas estão sempre julgando, sempre dizendo "É igualzinho o filme/livro x", e tiram conclusões precipitadas, a partir de opiniões rasas.
    Gostei muito de ler essa sua análise. Assisti A culpa é das estrelas sabendo de tudo que as pessoas achavam sobre o livro e o filme, e mesmo assim, me emocionei e chorei muito no final! Quando aos outros dois filmes que você citou, nunca ouvi falar, mas pela sua opinião, acho que eu gostaria de assistir.
    Parabéns pelo post, a reflexão foi incrível!

    http://loucura-por-leituras.blogspot.com.br/

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    1. Sim, tirar conclusões precipitadas a partir de opinião alheia e resumir um filme em apenas uma palavra (que pode nem ser ruim) é um jeito muito fraco de se fazer uma crítica a algum filme.
      Te recomendo bastante os outros dois filmes! Apesar de Keith carregar uma atmosfera pesada e ter me deixado deprimida por dias, é um dos meus favoritos!
      Obrigada pelos elogios, fico feliz que tenha gostado <3

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