17 de set. de 2015

Resenha/Livro: O Pequeno Príncipe


Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje venho com uma resenha de um livro clássico e que todos deveriam ler um dia em suas vidas: O Pequeno Príncipe.
Já adianto uma coisa para vocês: é um livro maravilhoso e muito cativante. Se quiser saber um pouco mais que isso, clique em continue lendo!
(Obs: dessa vez, sem a categoria de Spoilers).







Título Original: Le Petit Prince
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: Geração
Ano: 1943 (2015 lançamento da editora)
Páginas: 160





Sinopse
O Pequeno Príncipe - Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida.
Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança.
Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do autor.

Opinião
O Pequeno Príncipe com certeza já pode ser considerado um dos maiores clássicos da literatura, tanto pelo seu sucesso quanto na profundeza filosófica e emocional que a obra carrega. Provavelmente a grande maioria das pessoas que leram esse livro com certeza se emocionaram e pensaram duas vezes sobre vários aspectos de suas vidas, como por exemplo, nosso jeito, as coisas das quais nos importamos e as razões que nos levam a seguir em frente a cada dia. Com certeza a grande maioria que leu esse livro o adicionou em sua lista de favoritos e lembrou-se dessa história para sempre. Eu com certeza entrei para esse grupo de grande maioria.
Tudo que envolve esse livro me apaixona. O aspecto infantil faz com que o aprofundamento reflexivo não pareça forçado, didático e muito menos cansativo; você simplesmente percebe e sabe sobre o que ele está falando por entrelinhas e a reflexão simplesmente surge. As ilustrações preenchem as passagens de uma maneira incrivelmente linda, viva e alegre, incrementando ainda mais no prazer de lê-lo e aumentando ainda mais a compaixão e o carinho que você sente pela história e pelos personagens no decorrer da leitura.
Além disso, o fato da história girar em torno de uma criança faz com que tudo flua mais rápido e mais leve. Em algumas horas, ou até mesmo minutos, você terá acabado de lê-lo, e as poucas horas ou minutos que gastou lendo, ficarão marcadas pelo resto da sua vida.
O Pequeno Príncipe nos faz lembrar da inocência de uma criança e de como elas veem as coisas da vida de uma forma muito mais simples e bonita, ao contrário dos adultos, que veem de forma muito mais complicada. Nos faz sentir como se também voltássemos a ser crianças e como se realmente estivéssemos vendo as coisas que nós mesmos vemos como complicadas, de uma maneira muito mais simples. É como se você se sentisse mais puro, mais livre, e é como se todas as suas preocupações sumissem e você só se preocupasse com o desfecho da linda história que Antoine De Saint-Exupéry escreve. Você vive, sente e é o Pequeno Príncipe.
Como já citei, a filosofia composta na obra é evidente e muito mais profunda do que é aparentemente. Me identifiquei com muitas frases no decorrer da leitura e me apaixonei por todas as reflexões feitas pelo autor. Sua visão sobre a vida realmente me fez pensar sobre a minha e a das pessoas ao meu redor. Fez com que eu realmente reparasse em cada um e concluísse que se todos pensassem como ele, seriam muito mais felizes.
E apesar de toda a reflexão envolvida, uma criança pode facilmente aproveitar o livro da mesma forma que eu e muitos outros adolescentes e adultos também aproveitaram. Talvez elas aproveitem até de uma forma ainda melhor, já que não se preocupam com o significado das coisas que nós nos importamos, elas simplesmente vivem a história e ponto final.
Por fim, posso concluir que O Pequeno Príncipe é uma história linda, carregada de emoções, reflexões, sentidos, inocência, beleza e simplicidade. Posso muito bem continuar tentando encontrar palavras para qualificar esse livro, mas passaria toda a eternidade procurando, pois não há muito o que dizer, só o que sentir. 

Personagens
Obviamente, em O Pequeno Príncipe, não há o aprofundamento na história e na personalidade de todos os personagens; por se tratar de um livro “infantil”, provavelmente não seria muito recomendado tornar a história muito longa por passar tanto tempo descrevendo os personagens e suas características. Entretanto, Antoine escreve o suficiente para que você saiba que tipo de pessoa cada personagem é e de que forma eles pensam.
Na história, por exemplo, o Pequeno Príncipe viaja por sete planetas, e nesses sete planetas encontra diferentes personagens de diferentes personalidades, ambições e características. A viagem ao planeta pode durar uma ou duas páginas, e isso já é suficiente para que você os conheça completamente (ou tenha a impressão de que o conhece dessa forma).
Além disso, o personagem principal é simplesmente encantador. Sua inocência, sua inteligência e o enorme carinho, responsabilidade e amor que carrega pelas coisas que o cativam é simplesmente lindo de se ler; é inspirador.
Portanto, por mais que o livro não se trate de extensas descrições e detalhes que normalmente encontramos nos livros que normalmente lemos, o autor conseguiu fazer com que captássemos o mais importante de cada um dos personagens e tirássemos nossas próprias conclusões sobre eles.
Antoine também soube fazer com que muita gente, inclusive eu, se apaixonasse pelo ingênuo Pequeno Príncipe, e o levasse para sempre em seus corações. 

Capa
Ganhei o livro recentemente em uma edição lançada também recentemente e eu não poderia estar mais feliz com ela.
A edição nova é de capa dura e incrivelmente trabalhada nos mínimos detalhes artísticos, e isso já se nota na capa. As ilustrações muito bem-feitas, os detalhes na borda, as letras brilhosas com essa fonte linda e o acréscimo de pequenas estrelinhas em volta do Pequeno Príncipe dão um charme especial a uma história igualmente linda.
Além disso, o livro por dentro também é maravilhoso. Assim como na capa, várias estrelas enfeitam as páginas e há um perfeito equilíbrio entre a arte a história contada, com uma mistura de cores totalmente diferente e colorida que combina com o aspecto positivo que o livro traz aos leitores.
Por fim, só tenho elogios a fazer tanto ao trabalho que tiveram ao fazer essa incrível edição, quanto ao livro, que certamente merece tanto cuidado, carinho e detalhe. Amo a arte do livro tanto quanto amo o próprio livro.



Marcações
Essas foram as marcações mais lindas que marquei de todos os livros que li até agora. Sintam comigo um pouco do gostinho maravilhoso que O Pequeno Príncipe traz a nossas vidas. Sintam e amem O Pequeno Príncipe assim como eu. 


 "Sabe por que falo desses detalhes do Asteroide B612 e lhe revelo seu número? Por causa dos adultos. Adultos adoram números. Quando vocês contam que têm um novo amigo, eles não ligam para o que é importante. Nunca perguntam: "Qual o tom da voz dele?", "De que ele gosta de brincar?", "Ele faz coleção de borboletas?". 
Os adultos preferem perguntar: "Que idade tem?", "Quantos irmãos?", "Quando pesa?", "Quanto ganha o pai dele?".
Só assim os adultos se convencem de que conhecem seu novo amigo."

 "- Há milhares de anos as flores produzem espinhos. Há milhares de anos que os carneiros, apesar disso, comem flores. E não considera importante descobrir por que elas fazem tão mal a si mesmas produzindo espinhos que não servem pra nada? Não dá importância à guerra entre carneiros e flores? Isso não é mais importante que as contas de um sujeito vermelho e barrigudo? Conheço uma flor, única no mundo, que não existe em nenhum lugar, só mesmo em meu planeta, e que num belo dia, pela manhã, o carneirinho pode engolir como uma única dentada, sem se dar conta do que fez. Acha que isso não tem importância?"

 "- Se alguém ama uma flor da qual existe apenas um único exemplar entre milhões e milhões de estrelas, isso não basta para fazê-lo feliz ao contemplá-la? Ele pensa: "Minha flor está lá, em algum lugar...". Porém, se o carneiro a comer, isso será para ele como se todas as estrelas se apagassem de repente. Isso não tem importância?"

 "- Não se pode conhecer as borboletas sem suportar duas ou três lagartas."

 "Ele ignorava que, para os reis, o mundo é muito simples: todos são súditos!"

 "- Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar."

 "- Então, você será juiz de si mesmo - sugeriu o rei. - Sei que é muito difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se conseguir julgar a si mesmo, provará que é um verdadeiro sábio."

 "Óbvio, para os vaidosos todas as pessoas são suas fãs."

 "O vaidoso não ouviu. Os vaidosos só escutam elogios."

"As pessoas podem ser ao mesmo tempo trabalhadoras e preguiçosas." 

"Homens e mulheres ocupam pouco espaço na Terra. Se os sete bilhões de pessoas que povoam a Terra ficassem em pé, colados uns aos outros, como em um show, lotariam facilmente um campo de alguns quilômetros de comprimento por outro tanto de largura. Toda a humanidade poderia caber em uma única ilha do Pacífico. 
Os adultos, com certeza, não acreditam nisso. Imaginam que ocupam um espaço muito maior. Julgam-se tão importantes como os baobás. Convém aconselhá-los a fazer os cálculos. Adultos adoram cifras. Encontram prazer nelas. Mas vocês, não percam tempo com isso, não vale a pena. Confiem em mim."

 "- Há solidão também quando se está entre as pessoas."

"'Que planeta estranho!' - refletiu. 'É completamente seco, cheio de picos e areia. E falta criatividade às pessoas. Apenas repetem o que dizemos... Em meu planeta há uma flor: ela sempre fala primeiro...'." 

"- As pessoas - revelou a raposa - possuem armas e caçam. É assustador! Também criam galinhas. Só se interessam por isso. Você procura galinhas? 
- Não - reagiu o pequeno príncipe. Procuro amigos. O que significa 'cativar'?
- Já ninguém dá importância a isso - lamentou a raposa. - 'Cativar' significa criar vínculos...
- Criar vínculos?
- Exatamente - frisou a raposa. - Você, para mim, não passa de uma criança igual a milhares de outras crianças. Não preciso de você. E você também não precisa de mim. Para você, sou apenas uma raposa semelhante a milhares de outras raposas. Porém, se me cativar, sentiremos necessidade um do outro. Você será único no mundo para mim. E eu serei única no mundo para você... 
- Começo a entender - murmurou o pequeno príncipe. - Existe uma flor... creio que ela me cativou..."

"- Só se conhece bem o que se cativa - observou a raposa. - As pessoas já não têm tempo de conhecer nada. Preferem comprar tudo pronto nas lojas. Como não existem lojas que vendem amigos, as pessoas não têm mais amigos. Se quer um amigo, trate de me cativar!" 

"- Vocês não se parecem com minha rosa, não têm nada a ver com ela - disse ele - Ninguém as cativou, e vocês não cativaram ninguém. Vocês são como era minha raposa, parecida a milhares de outras raposas. Mas agora somos amigos, e a reconheço como única no mundo." 

"Eis meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." 

"- Aquele trem já está de regresso? - perguntou o pequeno príncipe. 
- Não é o mesmo trem. Esse é outro.
- Eles nunca estão satisfeitos num lugar?
- A gente nunca se contenta com o lugar em que se encontra - disse o despachante. 
Com forte estrondo passou rápido, todo iluminado, um terceiro trem.
- Eles se preocupam em conduzir rápido os passageiros? - indagou o pequeno príncipe. 
- Não se preocupam com coisa alguma. Lá dentro, os passageiros bocejam ou dormem. Apenas as crianças espremem o nariz no vidro das janelas."

"Como em seus lábios entreabertos pairava um meio sorriso, refleti ainda: 'O que me comove profundamente nesse pequeno príncipe adormecido é sua fidelidade a uma flor, à imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lamparina, mesmo quando ele dorme...'. E o senti mais frágil ainda. É preciso proteger bem as lamparinas: o sopro do vendo pode apagá-las..." 

 "Corremos o risco de chorar um pouco quando nos deixamos cativar..."

"As serpentes são traiçoeiras. Mordem por prazer..." 

"Eis um grande mistério. Para vocês que, como eu, amam o pequeno príncipe, todo o Universo se modifica se em algum planeta, que não sabemos onde fica, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não comeu uma rosa...
Contemplem o céu. E perguntem-se: 'O carneiro comeu ou não a flor?'. Verão como tudo muda...
E nenhum adulto jamais compreenderá como isso é importante!" 

"O império do homem é interior". (Frase retirada da parte bibliográfica do autor)

Nota:

Recomendação
Recentemente, o LubaTV fez um vídeo sobre as 10 coisas que aprendeu com o livro O Pequeno Príncipe. O vídeo ficou muito bom e recomendo vocês a verem!

Então é isso pessoal! Espero que tenham gostado da resenha, e se gostaram, deixem seu curtir lá em cima ao lado do título do post e comentem aqui embaixo.
Espero convencer algumas pessoas a ler essa obra, porque ela realmente é um “must read”. Todos devem ler e apreciá-la.
Até mais!

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4 comentários:

  1. Que edição caprichada! Esse foi uma das minhas paixões na infância. <3 <3
    Fotos formidáveis!
    Beijos!
    SUA ESTANTE
    Gatita&Cia.

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  2. Sem comentários para esse livro.. simplismente MARA... Lindo demais. E a propósito, te marquei em uma tag no meu blog: Liebster Award. Entra lá e confere: http://goo.gl/Lm0GpP, e quero ver suas respostas hein lindinha... bjus

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    Respostas
    1. Obrigada por me marcar na sua tag Rô! Vou respondê-la com certeza :D

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